Eis o carro.
Troquei o último franco.
– Que horas parte o trem para Marselha? –
Paris
corre ao meu lado
enquanto arranco,
com toda
a graça incrível
que revela.
Acode,
adeus viscoso,
aos olhos vis,
inunda
o coração
de pieguice!
Viria aqui
viver-morrer,
Paris,
se um tal lugar
– Moscou –
não existisse.
VLADÍMIR MAIAKÓVSKI, 1925