quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O Caminho que não escolhi





Dois caminhos no bosque encontrei
Percorrer os dois claramente não podia
Caminhante só, longamente hesitei
E olhei para um, até onde a vista via
Até onde curvava e se desvanecia 

Então segui pelo outro, decidido e crente
Talvez fosse mesmo a melhor opção,
Porque tinha mais relva e era mais atraente;
Apesar de a natureza e o tempo indiferente,
Terem deixado ambos em igual condição,

E nessa manhã iguais estavam os dois
Cobertos de folhas ainda por pisar.
Oh, adiei o primeiro caminho para depois!
E apesar de saber que um leva a dois,
Duvidei se algum dia deveria voltar.

Contarei isto com um suspiro sentido
Com lugares e anos de vida cumprida:
Dois caminhos encontrei e o escolhido
Foi do bosque o menos percorrido
E isso fez toda a diferença na vida.

*

The Road not taken

Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;

Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same,

And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I marked the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.

I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I -
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.


Robert Frost