quarta-feira, 4 de agosto de 2010
É como nas histórias dos filmes de ficção, de terror, onde o personagem sonha, e seu sonho acontece de verdade na vida real. Do lado de quem sonha tem emoção, tem espetáculo, tem cachorro quente com refrigerante no sábado à tarde. Tem tra-di-ção. Uma tradição burra e sem coração, que vem de tempos bem antigos se arrastando até hoje. Do lado real, não tem sorriso não. Só tem dor, medo, vergonha, lâminas impiedosas bem afiadas e sangue inocente indo embora, depois de jorrar abundante sobre o chão vermelho de terra batida da arena. Na Catalunha, depois de tantos touros abatidos - e alguns toureiros também -, parece que resolveram acordar. Uma Lei pôs fim (assim espero!) ao sofrimento dos inocentes animais. Ficaria feliz se o resto da Espanha e do mundo inteiro, incluindo o nosso Brasil dos rodeios, se todos resolvessem sair do sono imbecil em que se encontram e deixassem tais práticas no passado. No lugar daquele sonho ruim que a gente faz questão de não lembrar, e muito menos de sonhar outra vez.
(texto: Rogério Rothje - www.cronicato.com.br)