domingo, 23 de novembro de 2008

My Dream, de Rebecca Torrington 


Quem poderia reconhecer
depois de tão longa espera
a esteira viva de uma estrela
que se apagou num frêmito obscuro
que ritmou as palavras esparsas?

Ei-la aqui viva e já morta
a estrela de um gesto de amor
que seria eu sem ti viva ou morta?

Eu quero guardá-la na minha boca
como a serpente guarda o veneno
para o gérmen que anuncia o mundo


António Ramos Rosa