Aquela divina e ilustre timidez que é o guarda dos tesouros e dos regalia da alma.
Ah, mas como eu desejaria lançar ao menos numa alma alguma coisa de veneno, de desassossego e de inquietação. Isso consolar-me-ia um pouco da nulidade de ação em que vivo. Perverter seria o fim da minha vida.
Mas vibra alguma alma com as minhas palavras? Ouve-as alguém que não só eu?
Bernardo Soares (Fernando Pessoa)
O livro do desassossego [65]
#art Nuri Duzan