Li o que havia escrito e de novo pensei: de que abismos violentos se alimenta a minha mais íntima intimidade, para que ela se negue a si mesma de tal forma e fuja para o domínio das ideias? Sinto em mim uma violência subterrânea, violência que só vem à tona no ato de escrever.
Clarice Lispector, Um sopro de vida