quinta-feira, 28 de abril de 2022

Emilia Wilk

 

Sonhei-te lentamente,

em plena consciência do disfarce.

Sabia-te irreal,

mas o sonho restava devagar.

Com pormenores tão lentos


que o tempo me sobrava de pensar.

Sentei-me ao pé de ti,

junto ao meu sonho, e pude ler indícios,

os símbolos que queria

estavam lá. Sonhei-te porque sim:


a confusão existe no real.


Ana Luísa Amaral