segunda-feira, 3 de novembro de 2014
Sexo, mais sexo
A mão que pretende se defender e recua. A perna que busca revidar e prende ainda mais.
A vontade de agredir transformada em agrado. Nada mais sensual do que a agressividade contida. No sexo, a violência dança. A violência transborda permanecendo presa ao ritmo.
Sexo é confissão. É quando você pode dizer a verdade sem precisar explicar. Seu pensamento está no corpo. Seu desejo está exposto. Nenhuma palavra pode substituir a experiência que acontece naquele momento. Até a raiva é inteligente. O olfato muda, o tato muda, o paladar avança sem nenhum receio. Os olhos são toda a pele.
Não há vergonha. Tudo pode ser inventado porque nada é escondido.
Fabrício Carpinejar