Abandono de aves e de folhas
Ninguém já descansa à tua sombra.
só te resta a nua arquitetura
de ramos como braços de náufragos
Assim me enternecem
o teu frio, ausência de cor,
a tua penosa hibernação
Resignados, mas confiantes,
ambos aguardamos
a ressurreição na primavera."
Fernando Couto