Há um pressentimento feliz
Não há bom senso entre as paredes
de uma emoção dilatada até à própria sedução.
Ao comprido da vida, encena-se um bailado lento
e decalca-se, sobre a fantasia,
um aceno que redime culpas
e traz, pela tardinha,
um vento favorável à adolescência do corpo.
Há um pressentimento feliz
na concha das mãos perturbadas de afeto.
Não há bom senso entre as paredes
de uma emoção dilatada até à própria sedução.
Ao comprido da vida, encena-se um bailado lento
e decalca-se, sobre a fantasia,
um aceno que redime culpas
e traz, pela tardinha,
um vento favorável à adolescência do corpo.
Há um pressentimento feliz
na concha das mãos perturbadas de afeto.
Graça Pires, Conjugar afectos, 1997