domingo, 15 de dezembro de 2013




Uma pessoa adormece:
ramo de vida sozinho
na pedra escura da noite
pousado.

E em sua cabeça a flor
dos sonhos já se arredonda,
com muitas seivas trazidas
do caos.

Uma leve brisa apenas
anima esse ramo calmo
e os lábios desse perfume
exausto.

Ah... se essa brisa parasse!
que sonhariam os sonhos
do frágil ramo, na vida
pousado? 


Cecília Meireles
Metal Rosicler (1960)