henry-nelson-o'neil |
nunca entenderão
o fazer versos. Acham um passatempo
e insensatez perversa.
Contemplo-os à noite, do terraço
que dá para a solidão de seus quartos.
Dormem todos. Mas há luzes acesas.
Devem ser poetas que desconheço
como se nunca fossem morrer.
mudos, um diálogo de muitos,
Os outros dormem. Dormem
imaginando, ás vezes, como o artista há de ser.
O artista, apenas, arde o ser.
Affonso Romano de Sant'Anna