Sergey Karpenko |
Entre a folha branca e o gume do olhar
a boca envelhece.
Sobre a palavra
a noite aproxima-se da chama.
Assim se morre dizias tu.
Assim se morre dizia o vento acariciando-te a
cintura.
Na porosa fronteira do silêncio
a mão ilumina a terra inacabada.
Interminavelmente.
Eugénio de Andrade
Sobre a palavra , in Véspera da Água