Eu tenho a oferecer
O perfume
De um ramo de perguntas
O cansaço das juntas
A fratura das pálpebras
Doendo sua beleza
Eu trouxe para dar
Esse não estar
Presente em cada verso
Que se oferece à boca
Infecta
De afeto
Eu tenho a entregar
Entre as mãos
Um punhado de chão
Concreto
Para que você não esqueça
Para que a metafísica
Não se meta
Entre nós
Eu trouxe a voz
Em silêncio
Para falar da ausência
Everton Behenck