sexta-feira, 2 de dezembro de 2011



Relendo o último verso que compus
pouso entre as mãos maquinalmente o rosto,
e o olhar deixo vagar para o sol posto
onde o céu é um borrão de sombra e luz…

Um sossego interior, em mim, produz,
esta tarde fugindo ao mês de agosto…
- nas vitrines do espaço, onde era exposto
o sol, surge uma estrela que transluz…

Alguém põe-se às centenas a acendê-las,
e cada uma que a luz tinha escondido
brilha, e ao brilhar, enche-se o céu de estrelas…

E fitando-as, dispersas, no infinito,
sei, que apesar de nunca ter lido,
nos céus há um poema há muito tempo escrito…


J.G.de Araújo Jorge