quinta-feira, 7 de julho de 2011


Nas pálpebras da noite
Chorei cadências que me ensinaram que o
Amor Ama-se
Assim teus Olhos.

Sou gêmeo de mim e tudo
O que sou é Distância.
Estou sentado sobre os meus joelhos
Separado.
Aquilo que une
É um rumor. Não descanso.
Sou urgência De outro sítio.
E pudesse velar-me
Longe Dos homens como se neles Adormecesse.

Também os corações dos homens ardem
Bebem vinho, leite e água e não apagam O amor.

Um pulso aberto não dói mais
Do que uma mão fechada que bate.
- Mas basta-me um quadrado de sossego. -
[ O meu coração morre às escuras. ]
Estou sentado nos degraus
Como alguém que parou de subir.

Daniel Faria