O amor é o cemitério populoso da podridão.
O leite derramado dos heróis.
Destruição de lenços de seda pela tempestade de pó.
Carícia de heróis vendados presos nos postes.
Vítimas de assassinatos aceitas nesta vida.
Esqueletos trocando dedos e juntas.
A carne trêmula dos elefantes da gentileza sendo despedaçada pelos abutres.
Concepções de rótulas delicadas.
Medo de ratos espalhando bactérias.
Fria Esperança da Gólgota pela Esperança do Ouro.
Úmidas folhas de outono contra o casco dos barcos.
As delicadas imagens de cola do cavalo marinho.
Morte por longa exposição à desonra.
Seres assustadores encantadores ocultando seu sexo.
Pedaços da essência do Buda congelados e fatiados microscopicamente em Morgues do Norte.
Pomos do pênis a ponto de semear.
Mais gargantas cortadas que grãos de areia.
Como beijar minha gata na barriga.
A suavidade de nossa recompensa.
Jack Kerouac, in "Mexico City Blues"