segunda-feira, 25 de abril de 2011

Pavilhão

by Yuri Bonder


Muros altos de teu corpo.
Não havia entrada em teu horto.

(Que onda de asas ascendia!
Oh o que ali se passaria!)

Céu claro ou turvo, que importa?
Não havia entrada em tua glória.

(Que arona às vezes subia!
Oh em teus vergéis que haveria?)

Tornaste a ficar fechada.
Não haveria em tua alma entrada!


Juan Ramón Jiménez