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| by Arthur Braginsky |
O que muito me confunde
É que no fundo de mim estou eu
E no fim de mim estou eu.
No fundo
Sei que não sou sem fim
E sou feito de um mundo imenso
Imerso num universo
Que não é feito de mim.
Mas mesmo isso é controverso
Se nos versos de um poema
Perverso sai o reverso.
Disperso num tal dilema
O certo é reconhecer:
No fundo de mim
sou sem fundo.
Antonio Cícero
