terça-feira, 23 de novembro de 2010

O lago morto

Pintura De Comonian


O lago morto, o céu cinzento ao luar;
Pálida, lutando, coberta pelas nuvens,
A lua.

O murmúrio obstinado que cochicha e passa
(Dir-se-ia que tem medo de falar em alta voz).
Tão triste agora,
Recae sobre meu coração,
Onde a alegria morre como um rio deserto.

Minhas pobres alegrias...
Não as toqueis,
Floridas e sorridentes.

Lentamente, a raiz acaba de morrer.


Emily Brontë
(Tradução de Lúcio Cardoso)