E vou te amar, eu tendo ou não razão e pronto!
(O coração que se segure ou se arrebente.)
Eu vou te amar de forma tal e tão fremente,
que ao descrevê-la o verso grite após o ponto.
Eu vou te amar como eu te amo: sem desconto.
De peito aberto, por completo, corpo e mente.
Eu vou te amar contando o tempo trás pra frente,
pois o que vem, sendo infinito, já não conto.
Eu vou te amar, mulher-menina, por inteira.
E no espaço entre uma quinta e sexta-feira,
dar num segundo o que me resta ter por vida.
Eu vou te amar, por fim, sem ter razão alguma,
pois a razão maior que todas, uma a uma,
é a razão, por te amar, desconhecida.
Antoniel Campos