quarta-feira, 30 de junho de 2010



Ela mede o fogo
pela alma

Faz uma trança de riso
Em vez de lágrima

Tece o amor que tem
até aos outros

Troca o espírito e a paz
pela coragem

Ela teima na esperança
e volta ainda

Retoma o fio de prumo
com que traça

A linha da vida
que assume

Dispondo do avesso
até à face

Ela põe e repõe
o seu destino

Vai mais longe
naquilo que disfarça

Ela ousa o coração
e reafirma

Bordando o arco-íris
do que é frágil

Maria Teresa Horta