segunda-feira, 24 de maio de 2010

Último raio de sol

Per Adolf (Pelle) Swedlund

Vem baixando o crepúsculo de leve...
Eu bem o sinto na paisagem fria
E sobre os meus cabelos em que a neve
Envolve a noite que se prenuncia.

A mão já se emociona quando escreve,
Os olhos baixam porque morre o dia.
Todas as vozes se calaram... . Breve
Será mais triste a vida e mais vazia.

E’ a hora em que oscila a chama da esperança.
Adoro-a de mãos-postas, hora mansa,
De calma, de renuncia, de perdão.

Mas na tarde que rola num desmaio,
Hás de ficar comigo, último raio,
Para aquecer-me a sombra pelo chão...



Olegário Mariano