domingo, 4 de abril de 2010

A bruta flor do querer


vem da vida, das entranhas, das raízes,
vem de outros torsos, outras proas
em chamas, esta raiva que ponho sem
querer em incêndios que não quisera
circunscritos.

vem de dentro, de baixo, de longe,
vem de ti,
esta inquietação sem tréguas este
saber-me poeira perante a insuportável
beleza do mundo.


Sarah Adamopoulos