terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Pode ou não Pode?



O consumo de produtos derivados de animais, ou testados em animais, viola uma regra moral fundamental, a do respeito à vida dos seres sencientes. Se essa regra não é reconhecida pela lei nem pelos costumes, isso não a torna inválida, nem torna a opinião predominante válida. Ou, como dizem alguns filósofos: 2 mais 2 é igual a 4, mesmo que a maioria não concorde.


É errado matar seres sencientes. Sendo errado, é uma regra moral. Se a maioria viola essa regra, isso não faz dela opcional. É um dever dos seres humanos respeitar a vida, a liberdade e a integridade dos demais animais. É uma imposição ética. Mesmo que a submissão a esta regra seja voluntária, do ponto de vista ético ela ainda é obrigatória. E o que nós lutamos é pelo dia em que ela não seja mais uma regra de adesão voluntária: lutamos pelo dia em que um ser humano não possa matar um animal, mesmo que ele não acredite no imperativo ético que o impede de fazê-lo. Da mesma forma que um ser humano não pode matar outro de sua espécie – e ninguém acha que esta regra é autoritária ou fruto de fanatismo. Por isso, se alguma pessoa me pergunta: “então não pode comer carne, leite, ovos, mel, nem usar couro, lã e seda, nem usar produtos testados em animais?”, eu respondo, resoluto: “É, não pode. E sigo adiante, com a segurança dos meus argumentos.

Bruno Müller

leia a matéria na íntegra, aqui: http://vista-se.com.br/site/pode-ou-nao-pode#more-1945