Quando cheguei à maturidade intelectual e comecei a perguntar-me se era ateu, teísta ou panteísta, materialista ou idealista, cristão ou livre pensador, percebi que quanto mais eu aprendia e refletia, menos fácil era a resposta, até que por fim cheguei à conclusão de que nada tinha a ver com nenhuma dessas definições, com exceção da última. Portanto, meditei e inventei o que me parece ser um rótulo adequado:"agnóstico". Pensei nele como uma antítese sugestiva dos "gnósticos" da história da igreja, que professavam conhecer coisas que eu era ignorante.
Aldous Huxley, As portas da percepção