sábado, 30 de janeiro de 2010

Sobre o Amor


 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos,
e não tivesse o amor,
seria como o metal que soa ou como o sino que tange;
E ainda que tivesse o dom da profecia,
e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência
e ainda que eu tivesse toda a fé,
de modo a remover montanhas,
e não tivesse amor,
nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres,
e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado,
e não tivesse amor,
nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno;
o amor não é invejoso;
o amor não trata com leviandade,
não se ensoberbece.
Não se porta com indecência,
não busca os seus interesses,
não se irrita,
não desconfia;
Não folga com a injustiça,
mas folga com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê,
tudo espera,
tudo suporta.
O amor nunca falha;
mas havendo profecias, serão aniquiladas;
havendo línguas, cessarão;
havendo ciência, desaparecerá.
Porque, em parte, conhecemos,
e em parte profetizamos;
Mas quando vier o que é perfeito,
então o que é em parte será aniquilado
Quando eu era menino, falava como menino,
sentia como menino,
discorria como menino,
mas, logo que cheguei a ser homem,
acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma,
mas então veremos face a face;
agora conheço em parte,
mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permaneça a fé,
a esperança
e o amor,
mas o maior destes é o amor.

[S. Paulo ,1ª Epístola aos Coríntios]