Papoulas pequeninas, pequeninas chamas do inferno,
Vocês não fazem nada de mal?
Bruxuleiam. Não posso pegá-las.
Ponho as mãos entre as chamas. Sem queimar.
E me exaure olhá-las
Bruxuleando, vermelho vivo e rugoso como mucosa de uma boca.
Uma boca em hemorragia.
Babados hemorrágicos!
Há fumaças impalpáveis para mim.
Onde os teus narcóticos, tuas nauseantes cápsulas?
Ai se eu sangrasse ou dormisse! —
Se minha boca desposasse uma ferida assim!
Ou seus extratos levigassem a mim nessa cápsula de vidro,
Entorpecendo e aquietando.
Mas sem cor. Sem cor.
Sylvia Plath