segunda-feira, 21 de dezembro de 2009


Para onde quer que voltes o olhar, ali está o fim de teus males. Vês aquele local escarpado? Por lá desce à liberdade. Vês aquele mar, aquele rio, aquele poço? A liberdade está assentada em seu fundo. Vês aquela árvore acanhada, ressequida, estéril? Pende dali a liberdade. Vês tua cerviz, teu pescoço, teu coração? São vias de escape da servidão. Mostro-te saídas por demais operosas e que exigem muita coragem e energia? Buscas qual seja o caminho para a liberdade? Qualquer veia em teu corpo.

Sêneca, “Sobre a Ira”