terça-feira, 14 de abril de 2009



e o poeta falar num gato, numa flor,

num vento que anda por descampados e desvios
e nunca chegou à cidade…
se falar numa esquina mal e mal iluminada…
numa antiga sacada… num jogo de dominó…
se falar naqueles obedientes soldadinhos de chumbo que
morriam de verdade…
se falar na mão decepada no meio de uma escada
de caracol…
Se não falar em nada
E disser simplesmente tralalá… Que importa?
Todos os poemas são de amor!

Mario Quintana - Esconderijos do Tempo