terça-feira, 28 de abril de 2009

 James Archer
Podemos representar-nos um animal zangado, temoroso, triste, amistoso, assustado. Mas podemos representá-lo esperançoso? E por que não?
O cão acredita que seu dono está à porta. Mas também acreditará que seu dono chegará depois de amanhã? — E o “que” ele não pode? — E eu, como faço? Que resposta devo dar?
Apenas quem fala é que pode ter esperança? Apenas aquele que domina o emprego da linguagem. Isto é, os fenômenos da esperança são modificados dessa complicada forma de vida. (Se um conceito visa a um caráter de escrita humana, não tem aplicação com a relação a seres que não escrevem).

Ludwig Wittgenstein, in Investigações Filosóficas