sexta-feira, 21 de novembro de 2008


meu corpo é o oposto de uma utopia, nunca está sob outro céu, é o lugar absoluto, o pequeno fragmento de espaço no qual eu, literalmente falando, me apoio.

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Meu corpo é o lugar ao qual estou condenado.

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ele tem, também, lugares sem lugar e lugares mais profundos, ainda mais resistentes do que a alma, que o túmulo, que o encanto dos mágicos. Ele tem seus porões e sótãos, tem suas estadias obscuras, tem seus períodos luminosos.


Michel Foucault, utopia do corpo