"Medo de quê? Eu não sabia. Afinal de contas, a ideia que talvez certos acontecimentos escapassem às limitações das categorias de espaço, tempo e casualidade não era algo que pudesse abalar o mundo, algo de inaudito. Certos animais não pressentiam a tempestade e os tremores de terra? Não havia sonhos premonitórios da morte de alguém? Copos que se partiam inesperadamente? Tudo isso era natural no mundo em que até então vivera, mas eis que de repente parecia que eu era o único a saber disso. Perguntava a mim mesmo, perplexo, em que mundo caíra!"
Carl G. Jung
Memórias, Sonhos, Reflexões