entre o preto e o branco
há tantas cores quantas há entre um azul e o mesmo azul.
eu vejo a cor que eu sinto e não aquela que percebo.
um instante é o mesmo instante que foi antes e é depois.
todo o infinito aí guardado.
mas eu sou o tempo que eu sinto e não aquele que mensuro.
da gradação entre as palavras, o sim bafeja o não e o não roça no sim.
todas as palavras aí contidas.
mas eu digo a palavra que eu sinto e não aquela que se encaixa.
Antoniel Campos