terça-feira, 21 de setembro de 2021

 



Abre a janela, e olha!

Tudo o que vires é teu.

A seiva que lutou em cada folha,

E a fé que teve medo e se perdeu.


Abre a janela, e colhe!

É o que quiser a tua mão atenta:

Água barrenta,

Água que molhe,

Água que mate a sede…


Abre a janela, quanto mais não seja

Para que haja um sorriso na parede!


Miguel Torga